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Qual a importância do exame de fundo de olho no paciente hipertenso?

 

A hipertensão arterial é considerada o principal fator de risco cardiovascular, ou seja, o aumento da pressão arterial relaciona-se diretamente com o risco elevado de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (“derrame”), insuficiência cardíaca, lesões nos rins e vasos, incluindo os dos olhos, podendo prejudicar em graus variados a visão. Entretanto, a hipertensão é inimiga silenciosa, na maioria das vezes não gerando sintomas por muito tempo antes de ser diagnosticada, mas levando às conseqüências desse aumento de pressão arterial durante esse período.

 

Na avaliação do paciente hipertenso, o exame de fundo de olho faz parte da investigação das lesões em órgãos-alvo. Também conhecido como fundoscopia, o exame de fundo de olho representa o único momento em que se podem ver diretamente arteríolas (pequenas artérias), vênulas (pequenas veias), e o nervo ótico sem “invadir” o paciente, permitindo-se identificar as alterações que a pressão alta traz aos olhos. Veja figura abaixo.

 

A importância deste exame não se limita apenas ao olho. A retina visualizada diretamente pelo oftalmoscópio permite fazer uma avaliação do estado da microcirculação e conseqüentemente detectar mínimas alterações antes mesmo que surjam doenças vasculares. Quando a hipertensão já se instalou, permite avaliar o comprometimento, bem como a eficiência do tratamento anti-hipertensivo instituído, ou seja, se o tratamento está suficiente, ou se é necessário modificá-lo.

 

Através do exame de fundo de olho, é possível detectar e avaliar precocemente alterações conseqüentes de outras doenças que são frequentemente encontradas no paciente hipertenso, como o diabetes e a aterosclerose (formação de placas de gordura nas paredes das artérias).

 

A retinopatia hipertensiva pode ser definida como alterações do sistema vascular da retina, coróide e disco óptico (elementos que compõem os olhos) decorrentes de pressão arterial persistentemente elevada. O diagnóstico precoce dos sinais e lesões referentes à retinopatia hipertensiva permite avaliar a gravidade da hipertensão, e principalmente, realizar o acompanhamento evolutivo dessas lesões oculares, que podem frequentemente levar a escotomas (“manchas” escurecidas na visão) e à diminuição na acuidade visual, ou seja, à diminuição na visão, e até cegueira.

 

O exame de fundo de olho pode ser realizado pelo próprio médico que atende o paciente hipertenso, mas prefere-se que o oftalmologista o realize, completando o exame com a avaliação da acuidade visual. Reavaliações anuais ou semestrais são necessárias conforme o resultado do exame.

 

 

por :

Dra. Carolina de Campos Gonzaga

CRM 108.123

Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

Especialista em Medicina do Sono - Instituto do Sono (AFIP)

Título de Doutor pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC)

Membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP)

Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

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